Por Bruna Barusso
Foto de Edu Fortes
Apesar de uma boa alimentação e a prática de exercícios físicos proporcionarem bons resultados para o corpo, muitas pessoas ainda procuram por suplementos alimentares, que na maioria das vezes são escolhidos sem orientação médica.
Devido a um determinado estilo de vida ou deficiência de algum nutriente, muitos consumidores optam por complementar sua alimentação com alguns suplementos que incluem ingredientes dos mais diversos, como vitaminas, minerais, aminoácidos, ácidos gordos essenciais, fibras, plantas e ervas.
De acordo com a nutricionista Nanci Munchaes Ferreira, os suplementos são como os remédios e não podem ser escolhidos a dedo. “O suplemento varia para cada pessoa, é preciso conhecer tanto o organismo quanto o esporte que pratica”, afirma a nutricionista. A médica afirma ainda que o excesso desses nutrientes pode ser prejudicial à saúde, agravando problemas no rim, no fígado, na circulação, ataques cardíacos, e nos casos mais graves podendo levar a morte. “Até mesmo as vitaminas podem causar efeitos tóxicos, a vitamina C consumida em grandes quantidades e sem orientação, pode causar danos à saúde”, diz.
Muitos atletas, na ânsia por resultados mais rápidos, procuram pelos suplementos sem uma orientação médica. Este é o caso do publicitário João Henrique da Silva que diz tomar suplementos a base de proteína há dois anos e mesmo tomando de forma irregular já constatou alguns resultados. ‘Pedi orientação para o meu treinador da academia, que me orientou de acordo com as minhas necessidades. Tomo apenas nos dias que faço musculação, para melhorar meu treinamento, resistência e para ganho de massa’, garante.
Segundo a nutricionista, não existe ainda nenhum estudo que comprove que os suplementos e vitaminas melhoram na performance. “Os bons resultados se devem a qualidade da alimentação. Quando a alimentação está desequilibrada o suplemento não faz efeito. Às vezes, só supriu uma deficiência que faltava na alimentação”, adverte.
Mesmo não cabendo aos profissionais de educação física indicar o suplemento, o professor Carlos Eduardo Crema, afirma que muitos alunos o procuram para saber de um determinado suplemento que deseja tomar. “Sempre pedimos para os alunos procurarem um nutricionista, mas é grande o número de alunos que tomam suplementos sem consultar um profissional”, diz. De acordo com o professor, a maioria são adolescentes magros que almejam ganhar massa em menos tempo e mulheres que querem perder peso.
O mercado de suplementos inova a cada ano, é possível encontrar sempre uma novidade, o que dificulta até para os profissionais acompanhar este crescimento. “Os suplementos são um bicho de sete cabeças, sai coisa nova toda hora”, argumenta Crema.
Os cuidados estão relacionados também com a qualidade do produto, além da orientação profissional, é necessário que ao escolher o tipo de suplemento, a pessoa esteja alerta se o produto é aprovado pela ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). “É importante ressaltar que os suplementos não substituem a alimentação, são apenas complementos para suprir as necessidades nutricionais”, conclui Nanci.
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