Os Transtornos Alimentares podem ser definidos como desvios do comportamento alimentar que levam ao emagrecimento extremo, entre outros problemas físicos. Os tipos mais conhecidos são a anorexia e a bulimia nervosa. Eles ocorrem com mais freqüência em mulheres jovens, mas nada impede que elas surjam em qualquer outro tipo de pessoa.
Segundo a psicóloga Patrícia Nardini esses transtornos alimentares são causados pela auto-imagem que a pessoa faz de si mesma. “Essas doenças ocorrem principalmente na adolescência. A pessoa tem uma imagem totalmente distorcida de seu corpo, acreditando que está acima do peso, mesmo não sendo verdade, e a partir disto as patologias surgem. Quem tem anorexia passa a quase não comer e quem sofre de bulimia come grande quantidade de comida e depois induz o vômito”.
Apesar de serem doenças encontradas mais freqüentemente entre mulheres, 10 % dos casos ocorrem em homens. Como conta o estudante T. M., de 20 anos, que preferiu não ser identificado. “Comecei a ter bulimia com 15 anos. Me achava muito gordo, e eu nem era, então quis emagrecer de qualquer forma. Comecei a vomitar tudo o que eu comia, e cada vez eu comia mais e vomitava mais. Emagreci 15 quilos, quase fiquei anêmico e adquiri uma hérnia no estômago. Tive que fazer tratamento durante um ano, mas felizmente me curei”.
A psicóloga Patrícia conta que alguns dos sintomas comuns nesses transtornos são o sentimento de culpa por ter comido, a preocupação em torno da comida e do peso, mudanças no estado emocional, o uso de medicamentos para controlar o apetite, entre outros. Já os problemas que a bulimia e anorexia nervosa podem causar são cardiovasculares, hormonais, gastrointestinais, anemia e até perda do esmalte dos dentes, nos casos de bulimia, devido à acidez do suco gástrico estomacal.
Por isso o diagnóstico e o tratamento devem ser iniciados o quanto antes. Devem envolver médicos psiquiatras, psicólogos e nutricionistas. Muito importante também é o apoio dos pais e familiares que devem compreender que não se trata de uma falta de apetite ou rebeldia, mas de um distúrbio que deve ser levado a sério.
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