A obesidade é índice preocupante em crianças

Por Waneska Oliveira

Durante muitos anos, ao observar uma criança de grandes bochechas e “dobrinhas” por todo o corpo era feita uma associação de que criança gorda era criança saudável. Porém, nos últimos 20 anos, a ciência tem observado um acentuado crescimento nas doenças em crianças por causa da obesidade.

Segundo o Consenso Latino Americano de Obesidade, os males mais comuns entre as crianças acima do peso são a diabete, a hipertensão arterial e as alterações osteomusculares, ou seja, mau desenvolvimento de ossos e músculos. Para o Manual de Psiquiatria Infantil, de 1983, uma criança é considerada obesa quando ultrapassa em 15% o peso médio correspondente à sua idade.

Dentre muitos fatores que interferem no desenvolvimento de crianças no Brasil, a obesidade está em segundo lugar, perdendo apenas para a desnutrição. Hoje no país 10% das crianças estão acima do peso.

Para a pediatra Maria Helena Junqueira, os principais fatores que determinam a obesidade infantil são a genética, distúrbios psicológicos e a família, “dentro de um grupo familiar pode ser observado que a criança acompanha a alimentação e o ritmo de vida dos pais, se eles possuem péssimos hábitos alimentares, as crianças também o serão”, afirma Maria Helena.

O grande número de alimentos gordurosos que são fabricados para as crianças como chocolate, biscoitos e salgadinhos é o vilão da dona de casa Ana Aparecida Morais, mãe de Elizier Felipe de Morais de um ano e seis meses, que já faz dieta para tentar diminuir seus 16 quilos. “Se eu levo ele para o mercado comigo tenho que saber certinho o que eu posso dar para ele, mas a maioria das coisas gostosas de comer engorda”, lamenta Ana Aparecida.

Manter uma alimentação balanceada e proporcionar para a criança algum tipo de exercício físico, traz para a criança uma melhor condição de vida e diminui muito o índice de algumas doenças, aconselha a pediatra.