segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Seu bichinho de estimação também precisa comer bem


Por Carolina Padovani

Os cuidados com os animais de estimação são muitos. Vão desde medicamentos, vacinação, banhos, tosas até uma alimentação saudável. Muitos donos de animais de estimação, cães e gatos, por exemplo, acreditam que alimentar os animais apenas com a ração comprada no mercado não é o suficiente.

Por isso, muito acrescentam alimentos comuns, como arroz, carne moída e vegetal à porção servida aos animais. Segundo a médica veterinária, doutora Maria Silvia de Magalhães, a ração é o alimento mais completo que um animal pode ingerir. “Existem vários tipos de rações à venda no mercado. É preciso escolher uma marca de confiança, que ofereça a alimentação balanceada que o animal necessita, ou seja, uma ração de qualidade deve conter 30% de proteína, 30% de carboidratos e 40% de vegetais”.

A doutora ainda explica que os animais têm necessidades energéticas diferentes, variando conforme sua família (cão ou gato, por exemplo), peso e idade. “O gato tem uma necessidade energética muito superior ao do cão e necessita ingerir de 2 a 3 vezes mais proteínas devido ao seu metabolismo. Um canino de porte pequeno tem necessidade energética maior do que um cão de grande porte”.

Maria Silvia afirma que acrescentar legumes e frutas à alimentação do animal não é prejudicial, mas ressalta a importância das rações industrializadas. “O cachorro, por exemplo, é um animal carnívoro. Em seu habitat natural, ele se alimenta da caça de outros animais comendo não apenas a carne, mas também a gordura e as víceras, que contém todos os nutrientes que ele necessita. Na carne ele encontra a proteína, na pele, a gordura, e nas víceras, as enzimas. Os cães domésticos também são naturalmente carnívoros, mas diferentemente do selvagem, comem apenas a carne que o dono compra no mercado, que já é limpa, ou seja, é apenas a proteína”.

A doença

A veterinária alerta que má alimentação dos animais domésticos pode ser prejudicial, causando doenças graves, como cegueira, atrofiamentos, e o hiperparatireoidismo, que é a migração do cálcio dos ossos para o sangue, tentado da suprir a falta do elemento no sangue do animal. “O hiperparatireoidismo deixa o cão deformado, com as articulações super-inchadas, pois todo o cálcio do organismo é puxado para o sangue”.


A exigência

Segundo estudos realizados pela comunidade veterinária, as papilas gustativas dos felinos são mais apuradas dos que as dos caninos, explica Maria Silvia. “O gato tem o paladar mais exigente do que o cão, por isso, quando o dono troca o sabor da ração do felino, é comum os animais passarem a se alimentar menos”.

O mercado

O paladar exigentes dos animais é um dos motivos que faz o chamado mercado pet crescer a cada dia, afinal, os donos buscam pelas novidades, sabores, formatos e guloseimas para oferecerem aos seus animais domésticos. Outro motivo da ascensão deste mercado é que no Brasil, apenas 30% da população utiliza a ração industrializada como alimento para os animais domésticos. “É por isso que o mercado é tão grande. Tem muito para crescer e muito para mostrar”, afirma Maria Silvia.

O dono

Na clínica da doutora Maria Silvia encontramos com um paciente. Um não, três. Carlos Eduardo Reck tem três cães Pastor Alemão e afirma alimentá-los apenas uma vez ao dia. “Cada um come, em média, um quilo de ração ao dia e é o suficiente para eles. Já se acostumaram com a rotina. Na parte da manhã dou biscoitos caninos para agradar e eles adoram”. Carlos gasta, por mês, R$ 200,00 apenas com a alimentação dos três cachorros e afirma que os gastos vão além, com veterinário, banho e tosa, medicamentos. “Acho que é um dinheiro bem gasto. Vale a pena ver o seu animal bem tratado, sadio e feliz, e quem não cuida é por que não ama”.

1 comentário:

Anónimo disse...

Bem legal o blog. Se tivéssemos paciência de criar um blog do curso com periodicidade........